a Teologia da Prosperidade com uma Teologia Franciscana!
Um garoto fala para o seu pastor que um cristão não pode ter uma Ferrari, pois há muitos pobres no mundo! O pastor responde, sabiamente, que ele deveria vender a sua mochila Adidas, pois há muitos pobres no mundo! Diga não à Teologia da Prosperidade, mas sem hipocrisias piegas de uma falsa piedade!
Por Gutierres Fernandes Siqueira
A riqueza é sinal de espiritualidade elevada. Jesus Cristo precisou sofrer no inferno para a nossa redenção. Toda doença é uma espécie de possessão demoníaca. Jesus Cristo era rico etc. Eis alguns dos ensinamentos absurdos advindos dos pregadores da prosperidade. O remédio? É a Bíblia Sagrada, mas não uma Teologia Franciscana.
Por que não devemos combater os tele-evangelistas da prosperidade com a pregação piegas dos franciscanos?
1) As Sagradas Escrituras não exaltam a pobreza como condição econômica para comunhão com Deus.
Se for uma heresia pregar que a riqueza é sinal de “graça divina” para os “bons cristãos”, logo é igualmente a pregação que coloca os pobres com o Reino de Deus já garantido. A redenção do homem passa pela regeneração e justificação em Jesus Cristo, mas não por sua condição econômica, seja ela a riqueza ou a pobreza ou a classe média.
Diante de Deus pouco importa a classe econômica, mas sim a disposição do coração. A Bíblia mostra que Deus teve grandes servos em diversas condições, como vaqueiros, carpinteiros, pescadores, líderes políticos, reis, fazendeiros e intelectuais. Deus, de fato, “não faz acepção de pessoas” (Atos 10.34).
O próprio Paulo, ao que tudo indica, foi criado em uma família rica, mas experimentou a pobreza quando fazia missões cristãs. Paulo escreveu: “Sei estar abatido e sei também ter abundâncias; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade” (Filipenses 4.12).
2) As Sagradas Escrituras alertam contra a obsessão pela riqueza, mas não ensinam o conformismo preguiçoso.
O apóstolo Paulo escreve:
No grego esse versículo começa com um particípio presente, ou seja, a colocação do verbo indica uma ação continuada e/ou repetida. Portanto, o apóstolo está falando da obsessão. Todos nós desejamos uma vida mais confortável, pois quem anda de ônibus quer um carro 1.0 e quem tem um carro 1.0 quer condições para um carro 2.0 e quem tem um carro 2.0 quer ter condições para comprar um SRU. O desejo é legítimo, mas é a obsessão que devemos jogar fora, pois ela conduz às tentações. Quantos não enriqueceram baseados em propinas e alianças espúrias? Quantos não perderam a alma?
Eu fiz minha graduação em uma faculdade católica. No primeiro ano da faculdade eu tinha um colega que era (ou ainda é) seminarista, ou seja, estudava para ser padre. Certo dia, na biblioteca, eu estava lendo uma dessas revistas semanais onde tinha uma propaganda de um carro importado. Quando mostrei para o meu colega seminarista ele fez o sinal da cruz e olhou para o céu dizendo: “quem Deus me livre dessa tentação!”. Certamente é um exagero franciscano, pois a Bíblia não condena o desejo de melhores bens, mas sim a obsessão.
A Bíblia, também, não abre espaço para o conformismo, que nada mais é que uma preguiça justificada, pois o apóstolo Paulo escreveu para os tessalonicenses, que usavam a escatologia para não trabalhar, de maneira bem firme:
3) As Sagradas Escrituras não condenam a riqueza em si, mas sim os pecados que os ricos estão mais propensos a praticar.
O texto de Paulo a Timóteo deixa essa questão bem clara:
É interessante que tais bens são providos por Deus para a “nossa satisfação”, ou como diz a versão Almeida Corrigida, que “abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos”. Não é errado se satisfazer em uma compra ou promoção na carreira, pois veja que a Bíblia não coloca esse sentimento como imoral, como muitos pensam, mas devemos lembrar a nossa “porção é o Senhor”!
Os ricos são mais tentados para a arrogância e para tendência de esquecer Deus diante de sua falsa “suficiência”. Apesar das tentações, um cristão com posses deve resistir a tais pecados.
É bom lembrar que você e eu somos mais pobres que muitos ricos por aí, mas também somos mais ricos do que muita gente pelo mundo. Você talvez esteja lendo este texto a partir de um smartphone ou mesmo um notebook. Há bilhões de pessoas neste mundo que vivem com menos de um dólar por dia e certamente essa não é a realidade dos leitores deste blog. Portanto, é fácil falarmos que os mega-ricos são indiferentes e orgulhosos, mas será o mal também não nos afeta como classe média?
Vamos combater a Teologia da Prosperidade, mas sem romantizar a pobreza, pois isso soa como pura hipocrisia. Vamos pregar mais a Teologia do Trabalho, pois o nosso país precisa mudar essa cultura de associar trabalho a maldição. O trabalho foi criado por Deus.
Por que não devemos combater os tele-evangelistas da prosperidade com a pregação piegas dos franciscanos?
1) As Sagradas Escrituras não exaltam a pobreza como condição econômica para comunhão com Deus.
Se for uma heresia pregar que a riqueza é sinal de “graça divina” para os “bons cristãos”, logo é igualmente a pregação que coloca os pobres com o Reino de Deus já garantido. A redenção do homem passa pela regeneração e justificação em Jesus Cristo, mas não por sua condição econômica, seja ela a riqueza ou a pobreza ou a classe média.
Diante de Deus pouco importa a classe econômica, mas sim a disposição do coração. A Bíblia mostra que Deus teve grandes servos em diversas condições, como vaqueiros, carpinteiros, pescadores, líderes políticos, reis, fazendeiros e intelectuais. Deus, de fato, “não faz acepção de pessoas” (Atos 10.34).
O próprio Paulo, ao que tudo indica, foi criado em uma família rica, mas experimentou a pobreza quando fazia missões cristãs. Paulo escreveu: “Sei estar abatido e sei também ter abundâncias; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade” (Filipenses 4.12).
2) As Sagradas Escrituras alertam contra a obsessão pela riqueza, mas não ensinam o conformismo preguiçoso.
O apóstolo Paulo escreve:
Mas o que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda7 espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores (I Timóteo 6. 9-10).
No grego esse versículo começa com um particípio presente, ou seja, a colocação do verbo indica uma ação continuada e/ou repetida. Portanto, o apóstolo está falando da obsessão. Todos nós desejamos uma vida mais confortável, pois quem anda de ônibus quer um carro 1.0 e quem tem um carro 1.0 quer condições para um carro 2.0 e quem tem um carro 2.0 quer ter condições para comprar um SRU. O desejo é legítimo, mas é a obsessão que devemos jogar fora, pois ela conduz às tentações. Quantos não enriqueceram baseados em propinas e alianças espúrias? Quantos não perderam a alma?
Eu fiz minha graduação em uma faculdade católica. No primeiro ano da faculdade eu tinha um colega que era (ou ainda é) seminarista, ou seja, estudava para ser padre. Certo dia, na biblioteca, eu estava lendo uma dessas revistas semanais onde tinha uma propaganda de um carro importado. Quando mostrei para o meu colega seminarista ele fez o sinal da cruz e olhou para o céu dizendo: “quem Deus me livre dessa tentação!”. Certamente é um exagero franciscano, pois a Bíblia não condena o desejo de melhores bens, mas sim a obsessão.
A Bíblia, também, não abre espaço para o conformismo, que nada mais é que uma preguiça justificada, pois o apóstolo Paulo escreveu para os tessalonicenses, que usavam a escatologia para não trabalhar, de maneira bem firme:
Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também. Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisa vãs. A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão. (2 Tessalonicenses 3. 10-12).
3) As Sagradas Escrituras não condenam a riqueza em si, mas sim os pecados que os ricos estão mais propensos a praticar.
O texto de Paulo a Timóteo deixa essa questão bem clara:
Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus que tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação. Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir. Dessa forma, eles acumulação um tesouro para si mesmos, um firme fundamento para a era que há de vi, e assim alcançarão a verdadeira vida. (I Timóteo 6. 17-19 NVI).
É interessante que tais bens são providos por Deus para a “nossa satisfação”, ou como diz a versão Almeida Corrigida, que “abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos”. Não é errado se satisfazer em uma compra ou promoção na carreira, pois veja que a Bíblia não coloca esse sentimento como imoral, como muitos pensam, mas devemos lembrar a nossa “porção é o Senhor”!
Os ricos são mais tentados para a arrogância e para tendência de esquecer Deus diante de sua falsa “suficiência”. Apesar das tentações, um cristão com posses deve resistir a tais pecados.
É bom lembrar que você e eu somos mais pobres que muitos ricos por aí, mas também somos mais ricos do que muita gente pelo mundo. Você talvez esteja lendo este texto a partir de um smartphone ou mesmo um notebook. Há bilhões de pessoas neste mundo que vivem com menos de um dólar por dia e certamente essa não é a realidade dos leitores deste blog. Portanto, é fácil falarmos que os mega-ricos são indiferentes e orgulhosos, mas será o mal também não nos afeta como classe média?
Vamos combater a Teologia da Prosperidade, mas sem romantizar a pobreza, pois isso soa como pura hipocrisia. Vamos pregar mais a Teologia do Trabalho, pois o nosso país precisa mudar essa cultura de associar trabalho a maldição. O trabalho foi criado por Deus.
Nenhum comentário
Postar um comentário