Dicas para Trabalhar com Grupos Pequenos
Por Bárbara Helen Burns
A. Os
Propósitos e Alvos de Estudos em Grupos Pequenos
1. Verbalizar o conteúdo ajuda o
processo de aprendizagem. Se o aluno não é capaz de expressar em suas próprias
palavras aquilo que ouviu, não aprendeu de verdade.
2. Trabalhar em grupos ajuda a
completar o aprendizado. Outros podem contribuir com suas idéias para
enriquecer e firmar o ensino.
3. Um bom processo intelectual depende
de habilidade lingüística. Não é suficiente "se sentir bem" sobre o
assunto. O aluno tem que poder explicá-lo para outros.
4. Grupos pequenos ajudam cada pessoa a
se envolver no processo de aprendizado.
5. A repetição nas conversas do grupo
pequeno ajuda solidificar o aprendizado.
6. Grupos pequenos ajudam as pessoas a
descobrir e valorizar verdades, coma afirmação e valorização do grupo.
7. Grupos pequenos providenciam um
ambiente aconchegante, no qual a pessoa pode ser corrigida sem sentir vergonha.
8. Aprendizagem em grupos é importante
por causa da própria natureza da Igreja - uma comunidade.
9. Grupos estabelecem um fórum em que
os dons podem ser exercidos.
10. Trabalho em grupos ajuda na solução
de problemas; não é apenas decorar listas.
11. Trabalhar junto com outros permite
que o aluno faça uma interação pessoal com leituras e conceitos em um contexto
social, em vez de apenas ouvir a opinião do professor.
12. Trabalhar em grupos pequenos ajuda
o aluno mais inibido a se expressar.
13. Numa boa didática, as tarefas de
casa devem ser discutidas na aula seguinte. Trabalhos em grupos providenciam
esta oportunidade.
14. Jesus, Paulo, a Bíblia e a história
da Igreja são exemplos da importância dada ao aprendizado em grupos pequenos.
15. Ninguém tem toda a verdade. Os
grupos ajudam a completar os conhecimentos e atitudes.
16. Pequenos grupos fazem. São ativos, não passivos.
17. Trabalhar com grupos é uma maneira de ajudar o aluno a
focalizar-se num certo objetivo e chegar a conclusões mais objetivas e
concretas.
18. As conclusões são a propriedades do grupo. Isto faz com
que haja um compromisso sério pelo grupo ao conceito aprendido. É criada
convicção própria sobre a verdade.
B. O Tamanho do Grupo
1. Quatro a oito pessoas é o número
ideal para grupos pequenos.
2. Quatro pessoas no grupo dão mais
oportunidade para cada um compartilhar e participar.
3. Duas ou três pessoas no grupo criam
problemas. Duas pessoas sentem vergonha; sentem a pressão de sempre estar
falando, sem tempo de refletir. Com três pessoas geralmente uma é
freqüentemente deixada fora.
4. Se o grupo é grande demais, as
pessoas geralmente não vão apreciar o que estão ouvindo (eles mesmos têm menos
oportunidade de participar). Eles vão preferir ouvir do seu professor do que
dos seus colegas; não querem uma aula de "trocas de ignorância" de
outras pessoas no grupo.
C. O Horário de Trabalho
1. Deve ser flexível.
2. Não se deve estender demais o
trabalho dos grupos.
3. Não se deve pôr limite de horário no
início. Ajuda o grupo a não sentir que o tempo é limitado demais, algo que
tende a inibir a liberdade de trabalhar. Procure verificar como os grupos estão
progredindo.
4. Se um grupo terminar antes dos outros,
dê liberdade para eles fazerem um intervalo ou outra atividade.
5. No final deixar alguns minutos para
cada pessoa trabalhar sozinha. Isto satisfaz qualquer desejo ou frustração do
aluno de recompensar a demora do grupo ou a não aceitação das suas idéias.
6. Levar em consideração os alunos
lentos e os mais rápidos. Lembre-se que o envolvimento em trabalhos de grupos
faz com que os alunos esqueçam da hora.
D. A Liderança dos Grupos
1.
Cada grupo pode trabalhar sem um líder indicado, na espontaneidade, ou
indicando seu próprio líder.
2. Deve ter somente uma pessoa
escrevendo as descobertas do grupo. Escrever interfere no processo de ouvir.
Também faz com que o grupo entre em acordo com aquilo que será escrito.
3. Durante o trabalho, o professor deve
verificar se cada grupo está progredindo o suficiente e duma maneira certa. Ele
pode dar direção, ajudar e animar os grupos, não ficando mais tempo com um do
que com outros.
4. O professor deve intervir (com
jeito) quando observa que alguém domina a conversa, para que todos possam
contribuir.
5. O professor deve se preparar bem
para que os grupos entendam bem a direção e os objetivos do trabalho. Ele
também tem que estar preparado para todas as direções possíveis que os grupos
poderiam dar à aula.
6. Na
conclusão do trabalho em grupos, não deve ter uma pessoa que seja porta voz dos
outros (lendo a lista de conclusões para o plenário depois). Geralmente nem
todos no grupo concordam com as conclusões escritas, e alguém pode querer ter a
oportunidade de compartilhar também. É melhor ter um período de reportagem
coletivo. Qualquer pessoa que adquiriu um discernimento ou conhecimento novo
poderia falar. Dê liberdade para o plenário todo.
7. O
professor deve ser flexível e sem plano rígido para a aula. Pode ser que Deus
tenha uma novidade a ensinar para todos.
E. A Estrutura dos Grupos
1. O professor deve providenciar uma estrutura adequada para os
grupos. Sem estrutura e plano de ação, demora-se demais para começar a
trabalhar. E se há estrutura demais, a criatividade é inibida.
2. Devem dar uma tarefa de cada vez. Se der todas juntas, se torna
confuso e cria uma pressão de chegar ao fim.
3. A natureza do
material e dos grupos determina o tipo de estrutura do trabalho.
4. Idéias para
estruturas:
a. Responder
perguntas.
b.
Preencher espaços com idéias e informações.
c. Fazer
listas de conceitos tirados da Bíblia ou de livros.
Grupos
são bons porque refletem o fato
que a
Igreja é uma Comunidade!
(Este estudo é
resultado de aulas com Dr. Ted Ward, Trinity Evangelical Divinity School, Deerfield, Illinois, EUA,
Julho de 1981.)
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