A Igreja Ortodoxa russa não abençoará mais armas de destruição em massa
A Igreja Ortodoxa russa está considerando parar de abençoar as armas de destruição em massa das Forças Armadas do país, de acordo com o rascunho de um documento disponibilizado nesta terça-feira ao público no site do patriarcado de Moscou.
“A bênção de qualquer tipo de arma cuja utilização possa provocar a morte de muitas pessoas, o que inclui (…) as armas de destruição de massa, não reflete a tradição da Igreja ortodoxa (…) e deve ser excluída na prática”, afirma o documento que será debatido pela hierarquia eclesiástica."
"Благословение любого вида оружия, использование которого может привести к гибели многих людей, включая (…) оружие массового уничтожения, не отражает традиции Православной Церкви (…) и должно быть исключено на практике », - говорится в документ, который будет обсуждаться церковной иерархией."
Elaborado por um órgão consultivo da Igreja ortodoxa russa, presidido pelo patriarca Kirill, o texto propõe uma discussão pública sobre o tema. Os fiéis e os líderes religiosos têm até 1 de junho para manifestar suas opiniões.
O rascunho, no entanto, lembra que “a defesa da pátria com armas na mão é abençoada pela Igreja”, garantindo desta maneira que “a oração pelos soldados”, a bênção dos recrutas ou dos meios de transporte estão fora de questão.
A tradição de abençoar as armas na Rússia remonta a “pelo menos o século XII”, segundo o documento. Os sacerdotes abençoavam as espadas dos jovens príncipes russos, confirmando assim a linhagem superior destes e seu empenho para defender suas terras.
Os ritos de bênção de mísseis intercontinentais, sistemas de defesa antiaérea e até de caças acontecem com frequência no exército russo desde o início dos anos 2000, período em que a Igreja Ortodoxa começou a ganhar influência após décadas de ateísmo soviético.
Lembrando que a Bíblia recomenda somente ungir enfermos segundo
Há no Novo Testamento dois episódios que relacionam doenças, cura, ungir e óleo e ambas usam aleipho, o termo com sentido corriqueiro.
E expulsavam muitos demônios, e ungiam [aleipho] muitos enfermos com óleo, e os curavam. (Marcos 6:13)
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o [aleipho] com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (Tiago 5:14,15)
O termo aparece 8 vezes no novo testamento (Mt 6:17; Mc 6:13; 16:1; Lc 7:38,46; Jo 11:2; 12:13; Tg 6:14). Leia os textos se deseja comprovar o uso corriqueiro.
Fonte:Istoé e Voltemos ao evangelho