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Pesquisa revela que os mais jovens evitam termos como “converter” ou “ganhar almas”

Em um novo relatório elaborado pelo Barna sobre “O Futuro das Missões”, adolescentes e jovens cristãos revelam as perspectivas das novas gerações de crentes sobre a linguagem religiosa na evangelização ao longo das décadas, o que desafia os líderes a se manterem informados quando se trata de alcançar os mais jovens.
Para o estudo, os pesquisadores entrevistaram 3.606 cristãos nos Estados Unidos, sendo que 1.500 adultos de 35 anos ou mais, 1.000 jovens adultos de 18 a 34, 602 adolescentes de 13 a 17 e 504 pais de crianças de 13 a 25 anos. Barna também entrevistou 633 pastores de igrejas focadas em missões.
Os dados da pesquisa podem servir para destacar a maneira como grupos de idades diferentes falam sobre missões e porque certas definições acabam sendo rejeitadas por adolescentes e jovens ao discutir missões transculturais. A pesquisa revela que as novas gerações são mais cautelosas com as palavras que usam para descrever os objetivos e as razões de compartilhar sua fé.
Uma das mudanças apresentadas pelo estudo está no termo usado para descrever o “ide”, a ordenança de Jesus Cristo para anunciar o Evangelho. Adolescentes e jovens adultos preferem usar o termo “compartilhar a fé” a “evangelizar”.
Questões sobre as mudanças na linguagem religiosa já são conhecidas, já que palavras e frases antes comuns saem de moda e deixam de ser usadas por vários motivos, mas muitas vezes isso se deve justamente a forma como as novas gerações sentem que as palavras preferidas de seus pais e avós não descrevem adequadamente suas próprias experiências com a fé.
As descobertas publicadas no relatório Revivendo o Evangelismo e as Conversas Espirituais na Era Digital indicam que as gerações de jovens crentes são mais cautelosas do que os cristãos mais velhos sobre como e quando usam palavras como “evangelismo” e “conversão”.

Pluralidade

A pluralidade de termos permite algumas mudanças estratégicas, segundo relato dos entrevistados pelo Barna. Um exemplo disso é a necessidade de abandono em alguns casos do uso da nomenclatura “missionário”, que em alguns lugares pode fechar portas para a pregação.
A questão não diz respeito a ter constrangimento da fé, mas a uma abordagem estratégica, como explica um professor de seminário que treina missionários, que lembrou que em muitos casos existe o risco até mesmo de ter o visto negado ao se identificar como missionário.
“Há lugares onde você não consegue um visto de entrada para ser um missionário. Se você colocar ‘missionário’ em seu pedido de visto, ele é negado. Fim da história”, disse.
Apesar de acreditarem que termos como “converter” ou “ganhar almas” não são muito apropriados, os jovens adultos são mais propensos do que outros a conhecer pessoalmente um missionário e ter estado em uma missão internacional.

Millennials e Geração Z

Apesar de muitos se considerarem prontos para se envolver de forma prática em missões, os Millennials e a Geração Z hesitam quanto a se envolver emocionalmente com missões. Isso muda o desafio no preparo dos jovens e adolescentes para o trabalho missionário, levantando novas questões para pais e líderes.
Por conta disso, o preparo de jovens e adolescentes para o trabalho missionário, seja em missão transcultura ou urbana, desafia os líderes a se manterem informados. As mudanças nas perspectivas de fé, ministério cristão e missões continuam mudando à medida que as novas gerações tomam seu lugar ao lado de outras gerações na liderança da Igreja.

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