O Perfil do obsessivo - Francis Chan
Que ou aquele que sofre de obsessão ou neurose obsessiva". Dicionário Houaiss da língua portuguesa, versão online, 2 a def
A idéia de reter as coisas certamente não é bíblica. A Palavra de Deus nos ensina a ser
consumidos por Cristo e pôr fielmente em prática suas palavras.
O Espírito Santo nos
proporciona alegria e paz quando nos concentramos em Jesus, vivendo pela fé e focados
na vida por vir.
Gente que ama
Às vezes, achamos que, se somos bons, as pessoas saberão que somos cristãos e
desejarão saber mais sobre Jesus. Mas não é bem assim que funciona. Conheço muita
gente boa que não conhece Cristo — aliás, são pessoas mais legais e divertidas que
muitos cristãos por aí.
Nossa fé não se resume a amizade, educação e até gentileza. Jesus nos ensina no
evangelho de Lucas:
Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os "pecadores" amam aos
que os amam. E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com
vocês? Até os "pecadores" agem assim. E que mérito terão, se emprestarem a pessoas
de quem esperam devolução? Até os "pecadores" emprestam a "pecadores", esperando
receber devolução integral. Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e
emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão
será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos
e maus. Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso. Lc 6:32-36.
A verdadeira fé é amar uma pessoa depois que ela nos magoa. O verdadeiro amor nos
distingue.
Em outubro de 2006, perto de Lancaster, na Pennsylvania, um homem atacou uma escola
da comunidade amish e matou várias meninas.
No dia seguinte ao tiroteio, muitos amish
visitaram a família do atirador para dizer que o haviam perdoado. Esse tipo de perdão não
pode ser compreendido pelo mundo. Por causa disso, aquelas famílias foram acusadas
de não amar os filhos, de não saber lidar com a raiva e de viver uma mentira.
É exatamente esse tipo de amor que o mundo considera uma loucura: o amor verdadeiro,
um tipo de amor que não se pode encontrar em lugar algum. Só em Cristo.
Temos o mandamento de amar nossos inimigos e fazer o bem a eles.
Quem são os
nossos inimigos? Ou, em termos que nos são mais acessíveis, quem são as pessoas a
quem evitamos ou que nos evitam? Quem são aqueles que magoaram você, seus amigos
ou seus filhos? Você está disposto a fazer o bem a essa gente? A alcançá-la com amor e
perdão?
Geralmente, minha primeira reação quando alguém faz alguma coisa comigo — ou pior,
com minha esposa ou um de meus filhos — é a retaliação. Não quero abençoar aqueles
que magoam a mim ou às pessoas a quem amo. Eu não teria muita disposição de
perdoar alguém que entrasse na escola de minha filha e atirasse nela e em outras
crianças.
No entanto, é exatamente isso que Cristo nos pede para fazer. Ele nos manda dar sem
esperar nada em troca.
Ainda em Lucas, Jesus diz:
Quando você der um banquete ou jantar, não convide seus amigos, irmãos ou parentes,
nem seus vizinhos ricos; se o fizer, eles poderão também, por sua vez, convidá-lo, e
assim você será recompensado. Mas, quando der um banquete, convide os pobres, os
aleijados, os mancos, e os cegos. Feliz será você, porque estes não têm como retribuir. A
sua recompensa virá na ressurreição dos justos. Lucas 14:12-14.
Você já fez alguma coisa assim? É capaz de doar àqueles que não podem retribuir?
Àqueles que o prejudicariam, se pudessem? Àqueles que já o prejudicaram em algum
momento? Esse é o amor de Cristo. Ele nos deu algo que nunca seremos capazes de
retribuir, e depois nos pediu que fizéssemos o mesmo em relação às outras pessoas.
Frederick Buechner escreveu em The Magnificent Defeat [A magnífica derrota]:
O amor pelo semelhante é humano — o amor do amigo pelo amigo, do irmão pelo irmão.
É amar o que merece e gera amor.
O mundo sorri. O amor pelo menos afortunado é uma
coisa muito bonita — amot pot aqueles que sofrem, pelos pobres, pelos doentes, pelos
fracassados, pelos rejeitados. Isso é compaixão e mobiliza o coração de todas as
pessoas. O amor pelos mais afortunados é coisa rara — amar aqueles que alcançaram o
sucesso onde fracassamos, alegrar-se sem inveja com aqueles que se alegram, o amor
do pobre pelo rico, do homem negro pelo branco. Os santos do mundo sempre o
confundem. E então há o amor pelo inimigo — amor por aquele que não ama você, mas
escarnece, ameaça e inflige sofrimento. O amor do torturado pelo algoz. Esse é o amor
de Deus. Ele é capaz de conquistar o mundo. New York: The Seabury Press, 1966.
Pessoas obcecadas por Jesus doam com liberdade e liberalidade, sem restrição. Pessoas
obcecadas amam aqueles que as odeiam e que são incapazes de retribuir esse amor.
Fonto: Louco Amor - Francis Chan
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