O que é o metaverso?
Luli Radfahrer, professor do curso de publicidade e propaganda da USP, afirma que a ideia do metaverso não é algo novo. “É um termo que surge na década de 1980 da literatura cyberpunk, com o livro ‘Snow Crash’”, diz.
A ideia representa a possibilidade de acessar uma espécie de realidade paralela, em alguns casos ficcional, em que uma pessoa pode ter uma experiência de imersão. Tecnicamente, o metaverso não é algo real, mas busca passar uma sensação de realidade, e possui toda uma estrutura no mundo real para isso.
A partir dessa ideia de imersão, diversos metaversos surgiram com os videogames. “A tecnologia só dá certo se tem uma aplicação essencial, e para o metaverso, é o jogo, pois faz sentido uma imersão em outro mundo, interagir com as pessoas. Já existe há muito tempo, uma espécie de metaverso”, afirma o professor.
Desse modo, o grau de “metaverso” dos jogos varia pelo nível de imersão, e também pela capacidade de passar um certo realismo para o usuário. A tecnologia, porém, é um grande fator que limita essa capacidade.
“Quando a internet se popularizou na década de 1990, existiam várias tecnologias que, em teoria, permitiriam o metaverso, em especial voltado para realidade virtual, criação de espaços 3D, mas não deu certo. No começo do século 21, teve o [jogo] Second Life, muitas empresas gastaram fortunas para estar nele, e era um metaverso, se vendia como. Mas não emplacou”, afirma Radfahrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente e deixe sua opinião
Fique com Deus